desfazer-se da tarde caída num respiro mais fundo.

fundo o lago esquecido passado tão rápido, nem patos selvagens.

desprender umas palavras das árvores corridas, pensou, fazer uma prece de fim de dia.

arremessa-las por onde no trem o olhar libera e recolhe desejos, ou suas sementes.

o trem segue, Transcontinental Express from Chicago.

mais brilhante que a prata o punhal dói o brilho do caminho não feito.

2 comentários:

maria carol disse...

Ei meu caro... quantos lados multiplicados você tem? Encanta-me todos eles...

abç

Maria Carol

Paula Barros disse...

Ler...e ficar a sentir a voz poética contida nos seus textos...e imaginar esse poder de criação, imaginação, elaboração e domínio da escrita que você tem...

Cada um pode se encerrar ali mesmo, ou pode ter vários outros desdobramentos e virar uma novela-um romance...


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Esta foto ao lado, do casal e das crianças, lembra muito uma foto dos meus avós e os filhos. Penso ser da mesma época, o cabelo e o rostinho da menina, a segunda da esquerda para a direita, é de uma semelhança com a minha mãe impressionante.