Luto, tristezas e uma certa paz - 2
Uma das minhas irmãs diz que avista nossa mãe nos seus próprios gestos e feições quando se olha no espelho. Achei isso tão bonito e fiquei pensando, eu não, eu não a vejo. Tenho a sua presença e a sua ausência a cada momento em cotas suaves de tenuras e dores ásperas de novas perdas. Ah, no mundo das mudanças, no mundo dos provisórios, no mundo dos fluxos, no mundo das fases, das passagens é tão complicado lidar com este definitivo, a morte.
Uma das minhas irmãs diz que avista nossa mãe nos seus próprios gestos e feições quando se olha no espelho. Achei isso tão bonito e fiquei pensando, eu não, eu não a vejo. Tenho a sua presença e a sua ausência a cada momento em cotas suaves de tenuras e dores ásperas de novas perdas. Ah, no mundo das mudanças, no mundo dos provisórios, no mundo dos fluxos, no mundo das fases, das passagens é tão complicado lidar com este definitivo, a morte.
2 comentários:
Ao elaborar seu luto, falar dele, nos ajuda a refletir e a pensar as ausências, a morte....a vida.
Um lágrima escorre.
Esta fase deixa seus textos mais intimistas, e mais próximo da gente-leitor, da gente-gente.
abraço
Novas perdas nos faz reviver outras passadas, as dores se somam, as x multiplicam-se, assim como as ternuras, por isso conseguimos seguir. Vivemos em estado de continuidade, embora a contemporaneidade insista em apagar esta verdade.
Grande abraço,
Anna Amorim
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